"A Cabeça do cineasta é uma ponte entre a solidão e a criação".
Ver uma juventude alerta e feliz, focada na arte do cinema, produzindo e criando seu próprio audiovisual, é um sonho possível, embora exija uma forte mobilização dessa juventude. Mas aqueles que decidiram botar o pé dentro da história, não vão arredar fácil. Muito bom poder sentir a força criativa e fúria devastadora, desses corações sedentos por um fazer, por uma construção e por um caminho de realização.
Novos realizadores, buscando entender e pensar um cinema autoral dentro de perspectivas possíveis. |
No Cine Mosquito 55, uma profusão de novos realizadores, finalmente, cruzaram seus caminhos. Criadores de filmes, gente que gosta de brincar com imagens, de construir seu espetáculo visual, pessoas que, em breve, estarão fazendo a diferença no mercado audiovisual e que, mais do que isso, vão levar a energia do cinema adiante, restituindo a Cabo Frio, seu espaço de verdade, dentro do cinema nacional e, mais do que isso, gerando oportunidade e construindo possibilidade.
O Cine Mosquito 55, provou que fazer cinema local, se não é tão viável, pelo menos é possível e isto não tem preço. Juntar gerações com suas criações e mais que isso, estimular um exercício de reflexão através da arte e do pensar, dentro de diversos contextos, este é o sentido de toda arte e é por isso que o cinema é a arte que agrega. A cabeça do cineasta é uma ponte entre a solidão e a criação. O exercício de criar, de fazer e de buscar seus sonhos, faz da vida algo provável e possível.
Parabéns aos novos realizadores, vida longa a todos.
Jiddu Saldanha - Curador e Blogueiro
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