terça-feira, 29 de março de 2011

Entrevista exclusiva com a atriz Mariana Jacques


Mariana Jacques vista através da
lente de Paulo Valle.
Uma atriz do Solo Narrativo.

Só quem viu Mariana Jacques no palco pode sentir a energia desta atriz, sua integridade, paixão e entrega. Ela, que já fazia teatro, resolveu ir fundo no ofício depois de fazer uma oficina com o ator e diretor Julio Adrião. A partir daí, com seu solo narrativo “Flicts”, inspirado na obra do cartunista Ziraldo, ela vem encantando platéias de todo o Brasil.


Cinema Possível – O que mais te motiva na vida a fazer teatro?
Mariana Jacques - Mergulho no ser humano, O autoconhecimento... Reconhecer que temos tudo dentro, resta saber o que se vai alimentar ...mas no teatro podemos mexer naquelas gavetinhas que preferimos fingir que não existem rs...

CP – Como foi que você começou a fazer teatro?
MJ - Minha mãe me matriculou com 13 anos, no palácio das Artes (Belo Horizonte) para “encontrar minha turma”.  Pessoas que vivem e não apenas sobrevivem... Assim encontrei meu caminho, profissão, ou seria uma maldição?...


CP – Quais os artistas que te inspiram e por quê?
MJ - Julio Adrião é um mestre para mim, teatro puro, cru; onde o ator está visceralmente entregue em função de uma história. Tipo um “foda-se quem sou”, estou aqui nesse momento único para contar  uma historia que você vai se lembrar  o resto da vida... acho isso a magia do teatro. História contada de alma pra alma... Se teatro fosse uma religião eu freqüentaria o templo do “Solo Narrativo”.  Desse caminho “pari “ a cena “Flicts”, inspirado na obra do Ziraldo,  que me trouxe e traz uma satisfação imensa.
Outro artista é o Rodrigo Santoro, ele é um exemplo de ator que tem que lutar contra rótulos criados por uma mídia medíocre. É inspirador a forma como foi transformando sua carreira, construindo personagens belos e mostrando que além da beleza existe uma entrega verdadeira. Mesmo não tendo uma base de teatro Rodrigo é prova que ser ator é intensidade.  Pra mim ele é um guerreiro que se entrega a seus mergulhos. Um observador em constante construção com certeza Paulo Autran não o elogiou por acaso.
Com esses dois exemplos de caminho quis dizer que ser ator é ter generosidade e muita vontade não importa de qual clã você faça parte. O importante é fazer com verdade . A originalidade da arte está no individual de cada um. Ser único é o diferencial.

Mariana Jacques retratada pelo projeto Cinema Possível,
em cena do anti-filme "VENTILADOR".

CP – Você já fez participações em alguns filmes, conte como foi.
MJ - Acho que a loucura do cinema é que o trabalho não te pertence como no teatro. No filme depois você só vê depois o que fizeram com seu trabalho. É uma linguagem muito legal. Espero poder conhecer mais sou fascinada!

CP – O que você acha que pode fazer pelo planeta, dedicando-se à arte do teatro?
MJ - Sou da filosofia budista que diz que: a  atitude muda o meio em que se vive. Com o teatro você tem o poder de alcançar mais gente num ritmo maior.

Mariana Jacques e Ziraldo, uma amizade artística que
brotou do livro "Flicts", um dos mais premiadados livros do autor.
CP – O que você gosta de ler? Quais os livros que mexeram contigo, tocaram tua vida, te inspiraram e inspiram até hoje?

Mariana Jacques por Yuri Vasconcelos - 2010
MJ – “Flicts” é o primeiro livro que falou comigo tive uma identificação aos sete anos com ele foi tão forte que 22 anos depois ele foi “vomitado “  na oficina de Solo Narrativo com Julio Adrião.  Transformei-o numa cena curta de 10 minutos que rodou vários estados. Consegui fazer/tocar uma história que me tocou.  Ziraldo se emocionou vendo a cena, tive o reconhecimento do Julio Adrião, deparei com a euforia de Cabo Frio (FESQ) tive ótima receptividade em Brasília,  a histeria em  Manaus e a abertura em Belo Horizonte. São coisas que devo a esse livro, que comprovou uma coisa que Peter Brook me disse em seus livros. O simples é universal!
Outro livro que me chocou muito é “O Colecionador” de John Fowles,  este livro me mostrou onde o estranho e feio pode ser belo frágil! Quando era pequena me chamava atenção a borboleta na capa do livro.  Anos depois resolvi pegar o “livro da borboleta”  na estante e ler; foi então que percebi  um alfinete enfiado no meio dela. Quando criança não enxergava e não sabia ler.
Imaginaram o choque?
Engoli o livro. Li em uma semana!

CP – Quem é Mariana Jacques por Mariana Jacques?
MJ - Mariana Jacques é uma pessoa muito intensa, geminiana no oito ou ointenta! Que vive um dia após o outro! Não tem medo de dizer o que pensa e nem o que os outros pensam dela. Nasceu no dia 9 de junho mesmo dia de pato Donald e Jonnhy Deep. Tenho um pouco dos dois rs...
Fundida no fogo!
... E deixo um recado: a Vida é uma dádiva, não tema. VIVA!

Mariana Jacques e o projeto Cinema Possível - 2011 -
Set de filmagem do média metragem "Enigma - O código de Hayan Rúbia".
Assista trechos de "Flicts", espetáculo de Mariana Jacques
que tem viajado pelo Brasil a fora!



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Mariana Jacques em cena no filme "NÔVA" de Cris Ventura
para ver o filme clique AQUI

Veja "VENTILADOR", um anti-filme do projeto
Cinema Possível com a participação de Mariana Jacques


CONFIRA A LISTA DE FILMES RECOMENDADOS POR MARIANA JACQUES


Edward Scissorhands-Tim Burton 
Benny & Joon-Metro-Goldwyn-Maye
Luzes da Cidade Chaplin 
O ILUMINADO-"Stanley Kubrick
Um estranho no ninho- Milos Forman
Fale com ela- Pedro Almodóvar
A Partida-Yojiro Takita
Bicho de sete cabeças -Lais Bodanzky
o Alto da compadecida-Guel Arraes
Tropa de elitte 2 - Jose Padilha

VEJA OS CARTAZES

quinta-feira, 17 de março de 2011

60 anos de Bernardo Bertolucci.

Bernardo Bertolucci, completou 60 anos dia 16 de Março.
Sim, ele é um dos maiores cineastas do nosso tempo criador de filmes memoráveis como: "O Céu que nos Protege", "O Pequeno Budha", "O Último Tango em Paris", "1900" e o genial e inesquecível "O Ultimo Imperador". Jovem ainda, o cineasta completou 60 anos de idade e tem ótimos projetos pela frente.
Bertolucci é também poeta, lançou um livro muito jovem e se formou na universidade de Roma. É bom saber que um dos filmes mais aclamados de todos os tempos, "Era uma Vez no Oeste" do mestre Sérgio Leone, teve o roteiro escrito por ele e, como se não bastasse, iniciou sua carreira cinematográfica apoiando nada mais nada menos que Pasollini.
Que este cineasta tenha vida longa e nos brinde com sua arte maravilhosa, criando cada vez mais em sua gloriosa existência!
FELIZ ANIVERSÁRIO, BERTOLUCCI.
É o sincero desejo e agradecimento da equipe do Cine Mosquito.

Uma pequena exposição de cartazes 
de alguns filmes de Bertolucci.







Curta um Trecho do filme
"O Pequeno Budha".




Um adeus a Maria Schinaider

A atriz francesa que fez tórridas cenas de amor no filme “O Ultimo Tango em Paris” morreu no dia 03 de Fevereiro de 2011. Era bastante jovem ainda (58 anos).
Maria Schneider fez muitos filmes com diversos cineastas mas sempre será lembrada pelas belas e inesquecíveis cenas com Marlon Brando e dirigida por Bernardo Bertolucci.
Esta bela atriz foi o sonho da garotada cult. Sorte de quem conseguiu enganar os porteiros de cinemas poeiras da década de 70 para assisti-la nua a iindecoroza para o deleite total de nossas almas pagãs!

Bertolucci comenta sua obra
"O Ultimo Tango em Paris"



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