quinta-feira, 29 de setembro de 2011

29º Cine Mosquito - Ações de Guerrilha Cultural!


A próxima ação do Cine Mosquito será uma homenagem à guerrilha cultural dos anos 70/80 quando a programação busca sua própria inserção a partir de brechas em eventos de grande porte. Inspirado em movimentos como Poesia Processo, Poesia Visual e Urbana, só que desta vez as inserções serão feitos em forma de filmes e contam com exibições nas dependências do Hotel Vinocap, Bares, Ruas e Casa de Pessoas, na cidade de Bento Gonçalves RS.
Serão ações em movimento indo de um lugar a outro, ou em pontos fixos onde o audiovisual será mostrado a partir da relação rápida entre público e evento. A ideia de um evento fragmentado já é uma prática no projeto Cine Mosquito, mas nossa ação busca uma outra forma de inserção. Estamos experimentando novos caminhos e outras relações com o olhar-poético do expectador.
O 29º Cine Mosquito, se insere, assim, no "XIX Encontro Brasileiro de Poesia" e serão exibidos filmes recentes do projeto Cinema Possível, Pium Filmes e Fulinaíma Filmes. Os filmes exibidos serão, entre outros, "Téknospoiésis", "Brisa" e "Frangmentos sober Hayan Rúbia". Todos filmes-poemas criados por Jiddu Saldanha e com participação de Fernando Chagas, Carlos Gracie, Mariana Jacques, May Pasqueti, Érico Braga e Jeane Maz.

PROGRAMAÇÃO:

mimica de filme
contação de filme
inserções musicais
inserções poéticas

FILMES SELECIONADOS
(antifilmes do projeto Cinema Possível)
Téknospoiésis
Brisa
Fragmentos sobre Hayan Rúbia

CURADORIA:
Jiddu Saldanha, Bárbara Morais, Herbert Emanuel, Adriana Abreu, Paulo Rocha e Artur Gomes

Homenagem a Cairo Trindade e Samaral

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Marcos Homem estréia filme no festival de Cabo Frio - Hoje.


É isso aí Galera, este é o Marcos Homem, roteirista e diretor do filme “Luthier do PVC”, um documentário que estará levando hoje no V Festival de Cinema de Cabo Frio, às 20 horas. Sem dúvida que uma das grandes particularidades deste filme é a fotografia além, claro, de falar de um arista muito especial, Jonny, que faz seus instrumentos com canos de PVC.
Já que Marcos Homem é um dos mais aclamados fotógrafos da região dos lagos, interior do estado do Rio de Janeiro, não dá pra deixar de reparar no perfeccionismo do filme. Perguntado sobre o que ele acha do filme, preferiu não responder, evita o auto-elogio mas tem plena consciência da responsabilidade artistica.
Segundo Lucas Müller, articulador do grupo de cinema “Os 13”, e que também é responsável pela realização, “o filme é uma obra prima realizada pelo grupo” que tem um repertório de bons filmes direcionados principalmente ao público adolescente.
O Filme de Marcos Homem já foi selecionado para 5 festivais nacionais e duas mostras esse ano, incluindo Mostra Internacional de Música e Cinema de Olinda e festivais da TV Brasil e SescTV. E ainda concorre a Júri Popular no fetival de Cabo Frio. Então, galera, vale a pena conferir este filmaço!
Conheça o grupo OS 13

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Garatéia reúne um timaço de artistas de Cabo Frio.


Hoje, dia 05 de setembro de 2011 o filme "Garatéia" fará sua estréia na telona do festival de cinema de Cabo Frio.
O Filme Garatéia é um curta interessante por diversas razões. Tem a montagem instigante de Paulo Mainhard, dono de um estilo próprio na forma de montar seus filmes além da direção de fotografia de Mariana Ricci, fotógrafa conhecida na cidade por flertar com a arte do audiovisual. Ravi Arrabal, ator e professor de audiovisual e Thadeu Burached, fotógrafo conhecido além de um dos mais solicitados operador de câmera nos filmes realizados na cidade.
No elenco, Pablo Alvarez, Manoela de Lellis e Marcela Andrioni com uma participação especial do próprio diretor, Ravi.
Veja a sinopse do filme: 
Maninho é um pescador farrista que divide uma taba com Cilinha, esposa devotada, mas insatisfeita com a vida simples. Ardiloso, bronco e vil, Maninho não se incomoda com os apelos de sua aflita dama. Desorientado após fortuito encontro em uma adega suspeita, trilha por bizarros acontecimentos”O Filme tenta imprimir uma poética diferenciada entre o trágico e o cômico mas sem perder a linha do personagem central. Maninho, podemos sentir, é um personagem que ofereceu ao ator, Pablo Alvarez a possibilidade de uma boa performance e o leve tom de brincadeira não tira a seriedade do trabalho. 
A trilha sonora é feita com hists do grupo Bicicleta Funana, irreverente, caótico e investigativo, trata-se de um grupo que faz humor em forma de música.


Veja uma breve entrevista com Thadeu Burached, um dos diretores do filme:

Jiddu Saldanha –  Como foi o processo de criar o filme Garatéia?
Thadeu Burached - O Garateia foi escito numa tarde, foram momentos de inspiração que passados para o papel, tomaram forma de arte. Foi um filme que aconteceu movido a força de vontade de toda a equipe e elenco. Não tínhamos energia elétrica e as baterias da câmera não duravam muito. Quase toda a iluminação era a base de tochas. Foram ao todo, contando da cenografia até a produção, 15 dias de acampamento com muita chuva.

JS – O que te fez fazer este filme?
TB - foi a vontade de ver meus pensamentos passarem por um processo de transformação, sendo expressos de maneira artística e sendo capilarizados pelos veículos multimídia. Cada cena que se passa adiante é um passo para fomentar a cultura cinematografica. Viva a sétima arte!

JS - Como foi trabalhar com esta equipe? Foi a primeira vez?
TB - foi fantástico, a força de vontade dos que estavam entrando em contato pela primeira vez com o cinema e a eficiência daqueles que já traziam uma grande bagagem. Foi uma combinação perfeita. Não sei se o vínculo de amizade entre todos fez com que pudéssemos trabalhar em harmonia e conseguíssemos nos divertir em meio a tantas dificuldades. Mas é fato que o “Garatéia” serviu para aumentar mais ainda esse laço e também para aguçar a vontade de produzir cada vez mais e com mais qualidade.

Entrevista relâmpago com Mariana Ricci, diretora de fotografia de "Garatéia"
Mriana Ricci, fotógrafa de talento, compõe a equipe de Garatéia.

Jiddu Saldanha - Como é fazer a fotografia de um filme experimental como Garatéia?
Mariana Ricci - Quando Thadeu me apresentou a ideia do Garatéia com o roteiro pronto, muitas cenas chegaram prontas a minha cabeça, como a cena em que Maninho entra no bar "entre as pernas" da atriz Manuela De Lellis. Como trabalho apenas com fotojornalismo, filmar foi completamente novo e tive a ajuda do Ravi, que complementou meu trabalho nas gravações.

JS - Que ligação você vê hoje com a tua fotografia, enquanto fotógrafa e esta mesma linguagem aplicada no audiovisual?
MR - Fotojornalismo é o instante. Se você o perde, não tem como repetir. O cinema é diferente e mais diferente ainda foi filmar o Garatéia. O caráter experimental do filme vai desde o cenário até a luz, o que apesar de tornar o trabalho do cinegrafista mais difícil, o torna mais gostoso de fazer. Com tudo isso, tentei trazer para a câmera de filmar o que aplico nas lente da minha câmera fotográfica e no meu dia a dia.

JS - Que aspecto do filme "Garatéia" mexeu mais com a tua essência criativa?
MR - Como no cinema temos que trabalhar bem mais ângulos criativos, filmar o Garatéia abriu meu leque de idéias. Saber onde posicionar a câmera e se posicionar. Essa é uma experiência que todo fotógrafo deveria passar para sentir como é ser mais criativo que o normal.

Confira entrevista relâmpago com Ravi Arrabal

Jiddu Saldanha – Como foi a experiência de filmar “Garatéia”?
Ravi Arrabal – A experiência só comprova o conceito fundamental do Cinema Possivel: fazer cinema de acordo com as possibilidades. Lidamos com todos os problemas que poderiam ocorrer num filme, desde à inexperiência da equipe às condições precárias de equipamentos. No fim das contas o que fica de mais valioso é a lição de que tudo que se faz com disposição, entrega e liberdade gera frutos, sejam eles quais forem!

JS - O que este filme tem de diferente dos outros filmes em que ele se destaca
RA - o que esse filme tem de diferente, ao menos em relação ao processo de construção dele, foi a liberdade que todos os setores tiveram para fazer sua parte. do roteiro à criação da trilha sonora, em todas as etapas do processo a liberdade criativa foi a premissa.

JS - Cite algumas situações bizarras vividas durante as filmagens.
RA - Foram tantas mas acho que a situação mais bizarra, pelo menos que determinou a qualidade (ou a falta de..rs) do filme, foi o fato de estarmos com uma câmera que tinha uma bateria com autonomia de 15 minutos e estávamos num quiosque, numa praia deserta, a noite, na chuva, tendo que puxar energia de um quiosque vizinho, e filmando, cada cena, com apenas um take... se nao foi só bizarro foi, no mínimo, desafiador!

Jid