quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Filmes Latinos recomendados pelo Cine Mosquito.


Iluminado Pelo Fogo (Iluminados por el Fuego)
Direção: Tristán Bauer

Uma obra prima do cinema argentino e um ótimo filme de guerra, “Iluminados Pelo Fogo” passou praticamente despercebido pelas telonas brasileiras, apesar de ser um dos mais premiados filmes de língua espanhola e um dos mais festejados filmes do cinema Latino Americano. Com excelente direção de Tristan Bauer o filme conta a história de soldados argentinos e suas agruras, na equivocada guerra das Malvinas, onde tiveram que lutar contra um inimigo estrangeiro, o frio, a fome e o despotismo de seus superiores. O Filme é de 2005 e até 2008 havia recebido 21 prêmios.
Um clássico de guerra, com direção de arte impecável e um elenco de primeira, mostra o vigor do cinema argentino. Excelente som, ótimos enquadramentos e uma trilha sonora de tirar o fôlego. Este filme você não pode perder.
O CINE MOSQUITO RECOMENDA.

Para ler mais sobre o filme na Wikipedia clique AQUI
Para ler sobre o diretor Tristán Bauer clique AQUI

Curta o Trailler desse filmaço, um drama de guerra imperdível!


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

31º Cine Mosquito, marcou pelo uso de dois suportes numa mesma noite!


Dois suportes foram usados para passar a seleta de filmes do 31º Cine Mosquito. A telinha de um notebook e a telona de uma TV. Estas foram as duas janelas pelas quais pudemos, todos, vislumbrar um mundo de possibilidades, a arte do audiovisual carregada de significado para quem estava presente.
Foi um belo momento este primeiro Cine Mosquito de 2012. Cheio de surpresa, pessoas apaixonadas por filmes, juntas e com a sensibilidade voltada para a curiosidade em ver produções despretenciosas. Audivisuais feitos por pessoas presentes deu o mote da noite e também tivemos duas belas surpresas: O filme “In Memorian”, foi o primeiro filme português de nosso acervo. Um filme de Andressa Izumi, feito em 2011 com planos ousados e um roteiro surpreendente.
Com variação de suporte e muita energia positiva, o Cine Mosquito
foi simplesmente belo.
Outro filme que chamou os aplausos do nosso público foi o documentário “Arte, o Quê?, de Raíra Sales, com roteiro de Lorena Brites, encantou pela uso inteligente de equipamento de baixa resolução para dar um recado sofisticado e direto.
Filmes de poesia de Flavio Machado e Eduardo Ferreira deram um tom inteligente e criativo ao momento preparando-nos para a belissimo e bem montado “Coturnos e Bicicletas”, um filme bem bolado, feitos por alunos da escola Darcy Ribeiro. Finalizamos com a bela produção cubana “Model Town”, um filme sensível, de Lamír Fano, que deixou todos em estado de graça.
Ao final, um belo cine-banquete, muito papo espontâneo e fotos com a Mala da Fama.
Alvíssaras ao Cine Mosquito!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

30º Cine Mosquito – Primeiro de 2012

Local: Casa do poeta Flavio Machado
Rua dos Espadartes 32 - Casa 04 – Ogiva/Caminho Verde - Cabo Frio/RJ
Telefone: 2647-6772. Envio Data: 20.01.2012 – Sexta Feira
Hora: 20 horas

O Trigésimo Cine Mosquito terá uma exibição de filmes selecionados especialmente para as férias e o verão, em Cabo Frio. Mostraremos novidades  do Cinema Cubano, filmes de poesia, filmes políticos e filmes-surpresa
Ao final teremos nossa tradicional mesa compartilhada.
“TRAGA A SUA PIPOCA”!
“Os momentos de felicidade são um direito inalienável”. (Udij)

PROGRAMAÇÃO:

Abertura: Mímica de Filmes (10 minutos)
Contação de filmes: Dersu Usala – Akira Kurozawa  (10 minutos)

Filme Surpresa (10 minutos)

·         5 filmes minutos de Animação (Cuba)
Direção: Jesus Rubio / Omar Proenza
Duração: 00: 05 min.
  • Sessão Cine Poemas -  6 minutos
meio do caminho - 32 segundos – Flavio Machado;
à luz da Noite 1:25 - Eduardo Ferreira,
apontamentos sobre naturais - Ana Cesar - 55 segundos
improviso - 58 segundos – Flávio Machado.
Um Cravo para José Saramago – Jiddu Saldanha / 2 minutos
·         Arte, O quê?
Direção: Raíra Sales
Duração: 09:20 min.
·         Coturnos e Bicicletas
Direção: Bárbara Morais, Julia Barreto, Lívia Uchoa, Luisa Pitanga, Rodrigo Dutra
Duração: 8 min.
·         Model Town  (Cuba)
Direção: Laímir Fano
Duração: 00:14 min.
 “TRAGA A SUA PIPOCA”!



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

2012 - O Ano do Mosquitão!


"Rebobine Por Favor" - Filme visionárioque apontou
 a tendência do cinema mundial principalmente 
nos países de terceiro mundo. Ações cineclubistas 
espontâneas para mostrar a produção local e expor de 
forma criativa "os rostos da comunidade"!
Os números foram generosos com o Cinema Brasileiro 141 milhões de expectadores e um faturamento de quase um bilhão e meio de reais. Segundo as notícias espalhadas pelos jornais do país é a melhor performance do cinema nacional nos últimos 30 anos. Se continuar assim, poderemos começar a sonhar com a possibilidade de um mercado auto sustentável que vai continuar abrindo grandes possibilidades de mercado para todos.
E por falar em país, a resposta para este sucesso está, grande parte, nas pequenas ações feitas por projetos que sequer tem visibilidade na hora de fazer as estatísticas e que, no entanto, fomentam o cinema nacional de forma discreta mas com números e ações que estão trazendo resultados.
Cresceu o número de cineclubes com idéias recheadas graças às novas tecnologias. Salas de exibição digital  montada em casas, bares, teatros e associações pelo interior do Brasil, contribuíram para mudar a cara e trazer de volta o público para o cinema nacional exibido em telona.
Nós, do Cine Mosquito, continuamos achando que nossas ações pequenas e simples, direcionadas ao público disperso e especializado, está contribuindo para este todo e é por esta razão que continuaremos firmes, em 2012, realizando nossas ações, só que desta vez, pegando uma carona na prosperidade do audiovisual, o faremos também em telas grandes e salas apropriadas.
Nos aguardem, 2012 será o ANO DO MOSQUITÃO.

sábado, 7 de janeiro de 2012

15 anos sem GALDINO


Copia este selo e espalhe pela internet!

O índio Galdino Jesus dos Santos assassinado num ponto de ônibus em 1997, era uma liderança importante dos índios Pataxós-hã-hã-hães e esteve em Brasília, naquele fatídico dia 19 para participar de manifestações em prol dos índios brasileiros e também por justiça social para todos, sendo assim, era um herói da “resistência” e sua atitude política tinha total legitimidade. No dia seguinte, estampado nos principais jornais do país a notícia de seu assassinato chocou todo o país.
Copie este selo e espalhe pela internet!
Cinco jovens da classe média de Brasília, um deles menor de idade, jogaram álcool e atearam fogo no corpo de Galdino. Os jovens eram estudantes e ao invés de estarem nas ruas protestando por um Brasil melhor, fizeram a trágica escolha de exercer seu vandalismo, assassinando uma pessoa indefesa de forma brutal e sem qualquer piedade.
O mais doloroso foi saber, alguns anos depois, o tratamento privilegiado dos tais jovens, tanto na prisão, como pelo sistema, que ao invés de puni-lo, num sentido figurado, simplesmente premiaram todos com trágica balança da impunidade. Nunca ficou claro para o Brasil o desdobramento desta história sobre a punição desses jovens. Nós, brasileiros, que lutamos por um Brasil mais justo deixamos aqui nosso recado.
GALDINO SERÁ LEMBRADO PARA SEMPRE!



Veja carta do Educador Paulo Freire




MEMORIAL POÉTICO A GALDINO!


GALDINO
(Luiz Alberto Machado)
Há quinze anos, o menino não era um homem só.
No horizonte do sol, era Galdino, pataxó solidário.
Na madrugada meeira, sem relicário, a brincadeira era um susto ufano, extraordinário, dava sem beiras pra cinco fulanos dali, salafrários pro suplício daqui, sem dó, a besteira de pró no ofício de reduzir nossa vida a pó.
Hoje, o meu diário triste, ainda resiste no quinhão fundiário.
Meu coração é vário, e eu vou como um beija-flor que trissa, insubmisso e real, que alça bem alto, alheio à justiça na Praça do Compromisso, Planalto Central.


                                   (Luiz Alberto Machado)


Galdino, 15 anos sem.
(Jaqueline Serávia)


Perdoa-os País
Perdoa-os autoridades
Vossas excelências da foice macabra, perdoa-os, perdoa-nos
Eles estavam só brincando, são jovens ainda
Divertem-se como podem, brincam
Dizimando índio
Perdoa-os! Pois que seguem seus exemplos
15 anos se passaram que ele foi a Brasília
reivindicar direitos, reivindicamos todos
Mas os bacanas
Jovens
O ceifaram por puro divertimento
Jogaram álcool e atearam fogo
No brinquedo índio que dormia num banco, na rua.
Perdoa-os tolos
Perdoa-os todos
Perdoa os cinco
Que são jovens ainda
Perdoa-os porra nenhuma!!!
Quem são os pais desses cinco?
Por onde andam agora suas juventudes vazias?
Dê o exemplo os que ainda estão aí em cima 
Pare a Belo Monte, Dilma!
Ah, falei porra, né? Desculpa. 
Somos maus exemplos, somos poetas, somos artistas, somos loucos, somos negros, somos mulheres, somos crianças, somos índios, ... somos também!
Perdoa-nos
Os arroubos, a indigestão, a indignação, as lágrimas, o vômito
Índio não é gente
Gentil são os outros, os estadunidenses
Faremos lutos outros, todos, e eternamente pelo 11 de setembro
Reverências Mr. San
Nossos índios não são gente
São só os primitivos, aborígines, legítimos donos dessa terra-continente.


(Jaqueline Serávia - Rio das Ostras/RJ)


É Pouco para Dizer Tudo
(FlaVcast)


Como não começar por mim
O limitar da fúria que possuo
A ira que infelizmente
... Não vinga
Por alguns
Venda de ódio
Por outros
Copo de pinga
Irracional pós retro medieval

É pouco para dizer tudo...

Mata-se... Por favor...
... Mate-se
Já que és covarde
... Não fuja
Das tuas verdades... Sê
Por nada
Ou por tudo que desejas
Se tu que és o que é
Não fujas em rótulos
Ou arrotos de raiva
... Desarma
Em trocar palavras
Troca decepção
Por uma verdadeira
Ação...

É pouco para dizer tudo...

Cabeça boa
... Passa
Por nos curtirmos
Com erros e virtudes
Para podermos nos olhar
E provar que conseguimos

No espelho nos enxergar
Então nos aceitarmos
O outro buscar respeitar
Mudança é algo melhor
Começa em mim
Em você
Nos nossos
Mínimos atos

É pouco para dizer tudo...

Sabemos
Mas nos atiramos
Irracionais
Dementes imbecis
A buscar a morte
Desordem que nos faz sangrar

Ferido criança
...Peço vingança
Não tenho tolerância
E nem soube por que
Levaram... eu era criança

É pouco para dizer tudo...

Porque no asfalto
Na terra de bacana
Por uma bagana
Vale tudo
De roubar viaduto
Pra ter carro de luxo
Ao luto do filho
Vagabundo

Que mundo imundo é esse
Em que se perde um filho
E na falta de limites mata-se
Onde estará você quando
... Seu filho
Por diversão matar?

É pouco para dizer tudo...

Porque é ruim ver o outro roubar
Mas por quanto...
Você se vende mesmo?
Ou quanto paga em uma roubada
Eu sei tem dinheiro para o ano inteiro
E foda-se
O que vale é manter a pose

É pouco para dizer tudo...

É a merda de uma classe calhorda
Que dita leis que os amamente
Vendidos aos montes
Dependem do verde
Em montante reluzente
Famintos lobos vermelhos
Em peles de cordeiros fedorentos
A distribuir mais e mais pobrezas

É pouco para dizer tudo...

É violência assustada
De uma vida caótica
Embalada e bem posicionada
Em luxuosos carros alvos
De mentes nervosas e trêmulas
Nem sempre mãos experientes

É pouco para dizer tudo...

Como a pedra
Que odiamos...
Mas ofertamos
Em esmolas aos zumbis
Das sarjetas que nos observam
Acuados em nossas jaulas

É pouco para dizer tudo...

Como não começar por mim...
... Ou por você o desarme

Das armas
Os ódios
Da raiva sem sentido
Das frustrações cheias de invejas
A covardia que nos limita

Que nunca mais alguém seja
Queimado vivo à beira de uma calçada
Por idiotas que se imaginam humanos

É pouco para dizer tudo...

Que outros possam dizer também.


FlaVcast – 09.01.2012