A trilha sonora é feita com hists do grupo Bicicleta Funana, irreverente, caótico e investigativo, trata-se de um grupo que faz humor em forma de música.
Veja uma breve entrevista com Thadeu Burached, um dos diretores do filme:
Jiddu Saldanha – Como foi o processo de criar o filme Garatéia?
Thadeu Burached - O Garateia foi escito numa tarde, foram momentos de inspiração que passados para o papel, tomaram forma de arte. Foi um filme que aconteceu movido a força de vontade de toda a equipe e elenco. Não tínhamos energia elétrica e as baterias da câmera não duravam muito. Quase toda a iluminação era a base de tochas. Foram ao todo, contando da cenografia até a produção, 15 dias de acampamento com muita chuva.
JS – O que te fez fazer este filme?
TB - foi a vontade de ver meus pensamentos passarem por um processo de transformação, sendo expressos de maneira artística e sendo capilarizados pelos veículos multimídia. Cada cena que se passa adiante é um passo para fomentar a cultura cinematografica. Viva a sétima arte!
JS - Como foi trabalhar com esta equipe? Foi a primeira vez?
TB - foi fantástico, a força de vontade dos que estavam entrando em contato pela primeira vez com o cinema e a eficiência daqueles que já traziam uma grande bagagem. Foi uma combinação perfeita. Não sei se o vínculo de amizade entre todos fez com que pudéssemos trabalhar em harmonia e conseguíssemos nos divertir em meio a tantas dificuldades. Mas é fato que o “Garatéia” serviu para aumentar mais ainda esse laço e também para aguçar a vontade de produzir cada vez mais e com mais qualidade.
Entrevista relâmpago com Mariana Ricci, diretora de fotografia de "Garatéia"
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Mriana Ricci, fotógrafa de talento, compõe a equipe de Garatéia. |
Jiddu Saldanha - Como é fazer a fotografia de um filme experimental como Garatéia?
Mariana Ricci - Quando Thadeu me apresentou a ideia do Garatéia com o roteiro pronto, muitas cenas chegaram prontas a minha cabeça, como a cena em que Maninho entra no bar "entre as pernas" da atriz Manuela De Lellis. Como trabalho apenas com fotojornalismo, filmar foi completamente novo e tive a ajuda do Ravi, que complementou meu trabalho nas gravações.
JS - Que ligação você vê hoje com a tua fotografia, enquanto fotógrafa e esta mesma linguagem aplicada no audiovisual?
MR - Fotojornalismo é o instante. Se você o perde, não tem como repetir. O cinema é diferente e mais diferente ainda foi filmar o Garatéia. O caráter experimental do filme vai desde o cenário até a luz, o que apesar de tornar o trabalho do cinegrafista mais difícil, o torna mais gostoso de fazer. Com tudo isso, tentei trazer para a câmera de filmar o que aplico nas lente da minha câmera fotográfica e no meu dia a dia.
JS - Que aspecto do filme "Garatéia" mexeu mais com a tua essência criativa?
MR - Como no cinema temos que trabalhar bem mais ângulos criativos, filmar o Garatéia abriu meu leque de idéias. Saber onde posicionar a câmera e se posicionar. Essa é uma experiência que todo fotógrafo deveria passar para sentir como é ser mais criativo que o normal.
Confira entrevista relâmpago com Ravi Arrabal
Jiddu Saldanha – Como foi a experiência de filmar “Garatéia”? Ravi Arrabal – A experiência só comprova o conceito fundamental do Cinema Possivel: fazer cinema de acordo com as possibilidades. Lidamos com todos os problemas que poderiam ocorrer num filme, desde à inexperiência da equipe às condições precárias de equipamentos. No fim das contas o que fica de mais valioso é a lição de que tudo que se faz com disposição, entrega e liberdade gera frutos, sejam eles quais forem!
JS - O que este filme tem de diferente dos outros filmes em que ele se destaca
RA - o que esse filme tem de diferente, ao menos em relação ao processo de construção dele, foi a liberdade que todos os setores tiveram para fazer sua parte. do roteiro à criação da trilha sonora, em todas as etapas do processo a liberdade criativa foi a premissa.
JS - Cite algumas situações bizarras vividas durante as filmagens.
RA - Foram tantas mas acho que a situação mais bizarra, pelo menos que determinou a qualidade (ou a falta de..rs) do filme, foi o fato de estarmos com uma câmera que tinha uma bateria com autonomia de 15 minutos e estávamos num quiosque, numa praia deserta, a noite, na chuva, tendo que puxar energia de um quiosque vizinho, e filmando, cada cena, com apenas um take... se nao foi só bizarro foi, no mínimo, desafiador!
Jid